paz à sua alma
Por Constança Cunha e Sá http://www.ionline.pt Para efeitos internos, o governo achou por bem esconder a sua decisão de cortar 4 mil milhões na despesa atrás de um estudo encomendado ao FMI – em que este apresenta um menu completo de medidas radicais de austeridade, que, a pretexto dos mais desfavorecidos, levam ao empobrecimento generalizado da sociedade, nomeadamente dos mais desfavorecidos. O estudo, feito em meia dúzia de dias e assente em dados desactualizados, foi saudado pelo primeiro-ministro com enlevo, que viu nele um ponto de partida “muito bem feito” para um debate, que não vai acontecer, sobre as funções do Estado. Aparentemente, não ocorreu ao governo que a posição negocial do país teria tudo a ganhar se o tal ponto de partida surgisse de Portugal e não de um dos seus credores. Mas como se sabe o Dr. Passos Coelho não tem por hábito preocupar-se com pormenores desta natureza. A sua política externa traduz-se no silêncio e na subserviência e, não por acaso, o ...