Por Clara Ferreira Alves http://www.leituras.eu Não sei em que país vive o dito Gaspar. Talvez um país habitado por gnomos, fadas, ministros alemães e jogadores do Benfica. Ou por sujeitos de fato e gravata que emergem dos carros e mergulham nas garagens e nos gabinetes e daí para os hotéis e condomínios fechados, ou os aviões, e nunca encontram gente. Dessa que paga impostos, taxas e contribuições de solidariedade para ajudar as pessoas que precisam, ou seja, eles mesmos entre outros. Não me chateia que o Benfica perca jogos, nem por solidariedade com o dito Gaspar, chateia-me que quando vou arrumar o carro venha não o arrumador do costume, um chunga a fazer pela vida, e sim um reformado. Um velhote, uns são mais tesos do que outros, que fica agradecido pelo euro e dá um grande bom-dia em troca. Conviria mandar para cima destes trocos uma taxa de arrumação gratuita, ou colocar os jovens da EMEL, a ganhar à multa, viva o empreendedorismo, a multar os arrumadore...