todos para a rua!

Basta!

Já chega de darmos crédito, a fundo perdido, aos políticos que temos. De fechar os olhos a compadrios e à corrupção. De assistirmos, sem nada fazermos, ao assalto ao aparelho do Estado. Ao saque das empresas públicas através de ordenados-escândalo e bónus-obscenos, que todos pagamos com juros cada vez mais altos.

Basta!

Soares arrecadou o socialismo na gaveta. Sócrates está apostado em deitá-lo
pela pia abaixo, juntamente com os seus próprios cagalhões, promessas eleitorais e os milhões de boletins de voto de quem o elegeu. Porque estes socialistas, ao contrário de Robin Hood e dos socialistas verdadeiros, que ainda os há, roubam aos pobres para dar aos ricos.


É disso que se trata: roubo. Podem legalizá-lo por decreto-lei, ai pois podem, mas o nome a dar-lhe continua a ser o mesmo: roubo. Roubam quando sobem impostos. Roubam quando cortam salários. Roubam quando inventam taxas a torto e a direito (gabo-lhes contudo o génio inventivo, gamar dá trabalho, exige criatividade).


Basta!

A nossa gasolina é das mais caras da Europa. Agradeça-se ao Estado. A electricidade também. Agradeça-se ao Estado. E nós pagamos. Pagamos e calamos. Pagamos à GALP. Pagamos à EDP. Pagamos à RTP. Pagamos à PT. Pagamos à TAP. Pagamos à CP. Pagamos à BRISA. Pagamos com juros. Cada vez mais altos.

O Estado precisa de dinheiro para sustentar os seus luxos e vícios de puta fina? Paguemos nós. O Estado cria altos-comissariados para isto e para aquilo com resultados nulos? Paguemos nós. O Estado encomenda estudos e pareceres pagos a peso de ouro em vez de recorrer à prata da casa? Paguemos nós. O Estado ampara bancos à beira da falência por gestão danosa? Paguemos nós. Falta dinheiro ao Estado para liquidar as dívidas que contraiu lá fora por causa dos seus hábitos de playboy falido? Puxemos os cordões às bolsas. Paguemos.

Foi a isto que nos reduziram: a meros pagantes, certos de que os direitos que nos restam hoje nos podem ser sonegados amanhã. Por decreto-lei.

Na verdade, eles não vão ficar por aqui: já ameaçam rever o código laboral, reduzir os custos com os despedimentos, baixar até, se possível, os salários do sector privado, sacar mais algum seja como for e onde for desde que seja aos mesmos do costume. À ralé, à arraia-miúda, ao povoléu.

Enquanto mais e mais portugueses se arrastam para a sopa dos pobres, alguns, poucos mas bons, pavoneiam-se pelos gambrinus, pelos tavares, pelos portos de santa maria. A brindar entre eles pela obra feita. A gabarem os seus feitos. A planearam novas expropriações, novos roubos.

Basta!

Temos que ir para a rua. Aos milhares, aos mihões. Sem preocupações ideológicas, mas antes de ordem moral. Por premente necessidade da mais elementar higiene. É preciso lavar o país de alto a baixo. Erradicar os autarcas sem escrúpulos. Eliminar os oportunistas, os corruptos, os carreiristas. Varrer o lixo, os micróbios e miasmas, a merda. Com muita lixívia e creolina. Com soda cáustica e palha de aço. Queremos novos políticos e novas políticas. Ainda vamos a tempo de pôr isto tudo a brilhar. Vamos para a rua. De esfregona em punho, de vassoura na mão, de balde. 


Não será debalde.







































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