num país que se afunda, há que encontrar soluções para que alguns, pelo menos alguns, permaneçam à tona de água

Diz-se que Portugal é um país de chicos-espertos. Que a arte do desenrasca e a técnica do improviso nos estão na massa do sangue, nos fazem parte dos genes. Não vou contra. Mas, como não sofro de crises de patriotismo exacerbado, e muito menos costumo cometer o pecado da inveja, gostei de ler, e isso explica parte da crise que se vive por essas atribuladas paragens, acerca da artimanha que os gregos, tão desembaraçados como nós, conceberam para disfarçar os seus sinais exteriores de riqueza (os que têm riqueza a assinalar, está bom de ver, que os há tanto por lá como por cá). 

A história conta-se em poucas penadas: o fisco grego resolveu sobrevoar certas regiões, de helicóptero, em demanda de sinais exteriores de riqueza dos seus habitantes. Que fizeram esses chicos-espertos que tanto honrarão a casta, a de lá e a de cá? Não estiveram com meias-medidas: camuflaram as piscinas com coberturas que imitam relva e verduras afins.

Não há dúvida: na dívida e na esperteza, a saloia, estamos bem acompanhados.

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