versão integral de um filme banido nos cinemas norte-americanos


Este filme, "The War You Don't See", consiste numa investigação poderosa, e extremamente oportuna, do papel dos media nos maiores conflitos armados das últimas décadas, da carnificina da Primeira Guerra Mundial à destruição de Hiroshima, da invasão do Vietname à actual guerra no Afeganistão e ao desastre no Iraque.

Com armas e meios de propaganda cada vez mais sofisticados, a natureza da guerra está a transformar-se num campo de batalha electrónica onde os jornalistas desempenham um papel fundamental na denúncia de actos de flagrante criminalidade que determina as acções de política externa dos EUA.

John Pilger, jornalista e realizador, diz no filme: "Nós, jornalistas, temos que ser suficientemente corajosos para defrontar aqueles que procuram a nossa cumplicidade na venda de sua mais recente aventura sangrenta em países dos outros. Isso significa questionar a história oficial, por mais patriótica que possa parecer."

E acrescenta: "Os agentes dessa propaganda dependem de nós, os media, para cumprir o seu objectivo de manipular não os povos de um país distante, mas os habitantes do seu próprio país. Nesta era de guerra imperial sem fim, a vida de inúmeros homens, mulheres e crianças depende da verdade ou o seu sangue manchar-nos-á. O nosso trabalho deverá consistir em relatar os factos com correcção assumindo-nos como a voz do povo, não do poder. "

O filme termina com uma breve entrevista ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, onde se discute o sigilo crescente nesta matéria e a falta de controle democrático sobre o gigantesco complexo industrial de inteligência militar. Esta entrevista fez com que a exibição do filme tivesse sido banida em território norte-americano.

Este texto é uma adaptação, livre mas ainda assim tão rigorosa quanto o meu domínio do inglês o permite, de duas notas sobre o filme encontradas em:
E em:

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