e o gastador era o sócrates?

Que não se pense que ando por aqui em defesa do Sócrates, tirem daí o sentido. Faço este aviso sempre que trago à baila assuntos como este. Sócrates foi demonizado, vilipendiado, trucidado numa campanha de difamação nunca vista em Portugal (muitas vezes com razão, outras empoladas, outras mentirosas). As caixas de emails não paravam de receber denúncias contra Sócrates (em contraste absoluto com o que se passa agora). Ele era mais uma falcatrua, mais um cambalacho, mais uma injustiça. No entanto, este governo - com o beneplácito da maioria dos portugueses, a acreditar nas sondagens - faz o que Sócrates fez e faz muito pior. Rouba o povo de uma forma aviltante, mas os políticos continuam uma classe à parte, com privilégios acima do resto da população portuguesa. Finge que poupa, mas poupa onde não devia (na saúde, na educação) e gasta à tripa-forra, mais do que Sócrates, em pareceres pedidos a grandes escritórios de advogados, os amigalhaços do costume.

A notícia é da SIC online, acima de qualquer suspeita:


O orçamento de Estado que prevê o corte de subsídios de natal e férias para muitos portugueses é o mesmo que contempla mais três milhões de euros para estudos e pareceres. Em 2012, Passos Coelho prevê gastar mais de 100 milhões de euros nesta rubrica. São quase mais 4 milhões de euros que José Socrates reservou em 2011. O Ministério da Economia e Emprego leva a fatia maior, cerca de 23 milhões e 500 mil euros. Segue-se o Ministério da Agricultura e o das Finanças. Fonte do Governo disse à SIC que grande parte da verba prevista para estudos e pareceres destina-se a consultoras internacionais por causa dos processos de privatização.

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