somos a merda cantante e dançante deste mundo


Por Tyler Durden (pseudónimo)

Da cultura dos video games passámos para as redes sociais. É uma progressão lógica e uma penetração progressiva na cultura do simulacro. Tudo é falso, fora e dentro. O mundo exterior, agora, é tão virtual como o do monitor, porque já somos apenas bits, zeros e uns. Hoje, o teu amigo atende o telemóvel, amanhã não. Hoje tens planos para sair, amanhã ninguém se lembra de ti. Hoje tens namorada, amanhã não tens nada. Hoje tens emprego, amanhã estás desempregado. Podemos ser excluídos ou introduzidos numa realidade à mesma velocidade com se tecla em "Del" ou "Enter".

Tudo depende da sorte, de certa habilidade inútil com os comandos e de uma vontade um tanto absurda de passarmos ao écrã seguinte ou ficarmo-nos pelo "game over". O problema é que, de um jogo, só se pode passar a outro. Já não há fora de jogo nesta sociedade viciada.

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