andam por aí antonietas à solta


O Moedas foi jantar fora, a um restaurante da moda onde um simples jantar custa um salário mínimo, uma mensalidade do subsídio de desemprego, uma ninharia. Levou, ele que já não está no governo, guarda-costas em barda. Que inspeccionaram o restaurante antes da entrada de tão augusta majestade e arredaram os comensais das mesas mais próximas para que Moedas, qual reizinho neste país de cegos, surdos e mudos, não corresse o risco de ser apupado ou, deus nos livre de semelhante desaforo, de ser agredido.

Num país pobre e endividado, temos governantes e ex-governantes a julgarem-se xás ou xeiques, sobas ou senhores do mundo. Num país pobre e endividado, com impostos cada vez mais altos, eles, os xás e os xeiques, os Moedas de troika e os Coelhos de toca, passeiam-se em carros de luxo, decoram os seus gabinetes sem olhar a gastos, exibem o seu imenso poder, vivem como se fossem magnatas de qualquer coisa, príncipes das arábias, czares de bananal, imperadores do mal.

E decapitaram eles a Antoinette dos croissants! Para isto?

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