marcelo, catano!

É-me uma estafa. Uma canseira. Eu até nem desgosto do homem, antes ele do que o Silva de Boliqueime, que me queime se não é verdade, mas, caramba!, um PR (Presidente da República) não é um PR (Public Relations). Todo o evento, por mais lingrinhas que seja, faz-se grande com a sua comparência porque as televisões lá vão atrás, em demanda do sound byte ou do bite seja lá em quem for. Fico esfalfado de lhe seguir os passos, em boa hora não segue o Passos quando não a exaustão era maior. Ele são inaugurações, festarolas, feiras disto e daquilo, conferências, colóquios, solilóquios, elóquios e, pumba!, lá está caído, vivinho da costa, com ou sem Costa, sorridente, comunicativo, feliz da vida que agora é que é, agora é que atingiu o corolário da vidinha que não lhe foi madrasta, filho da Nação em berço doirado, menino d'oiro de seu padrinho, um gajo vivaço como o povo gosta. Eu nem desgosto do homem, juro pelas alminhas deste mundo e do outro!, antes ele do que o Cavaco do Poço ou da Fonte, antes um Cavaco a monte do que um Cavaco conventual, doce aziago e azedado, mas devo dizer, à fé de quem sou, que para continuar a degustá-lo não há precisão de tanta azáfama, tanta volta e reviravolta, tanta peroração, declaração, declamação. Sossegue homem, repouse, leia livros, decretos-lei, actas da Assembleia da República. Temos presidente. Têmo-lo a si. Temo que me deixe exaurido com tanta andança, festança, périplo, prova de vida. Viva Marcelo, catano!


Comentários

Anónimo disse…
Creio que carrega as "pilhas" todas as 24 h.

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