fotonovela para adultos: quando beber não conduza mas, pela sua rica saúde, não beije também
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Se tiver menos de 16 anos ou se for atreito a pudores, não clique. Se for libertino ou liberal, vá em frente e dê à cremalheira. Se não for carne nem peixe, nesse caso arrisque e talvez petisque.
O Ambrósio sempre foi um moço recatado, dedicado à família e muito dado aos estudos, pouco saía, ele era liceu-casa e casa-liceu, para os colegas era um pãozinho sem sal, para os pais um papo-de-anjo, um toucinho do céu, uma barriguinha de freira. Um belo dia, porém, resolveu sair da toca e ir com os amigos à discoteca lá do bairro. Pouco acostumado a shots e cervejolas, a mistela subiu-lhe à cabeça, ficou tocado e retocado em três tempos, no ápice que leva o diabo a esfregar um olho e, ele, a deitar o olho à rapariga dos seus sonhos, uma mulher de sonho da cabeça aos pés.
Tanto assim foi que se excedeu e deu consigo a infringir todas as regras de pudícia que, até então, o tinham guiado na curta vida, para grande sossego dos progenitores, ele escorropicha-galhetas na Igreja dos Mártires, ela mais beata do que todos os santinhos de sete altares, de oração entre os lábios bentos e rosário constante entre os dedos pios.
E beijava, e beijava, e beijava, mais incansável do que um coelhinho Duracel. Caso para dizer que estava com a pilha toda, a extravasar de energia, a fazer faísca, a deitar lume, em descarga iminente.
Porém os amigos, uns desmancha-prazeres, mandaram-no à casa de banho lavar as fuças e voltar para voltar a olhar, com olhos de ver, para a sua companhia, que não tardaria muito o seria também no aconchego dos lençóis, tão certo como ele se chamar Ambrósio dos Santos Cruz.
Ele assim fez, deserto contudo por regressar aos braços da amada, em ânsias, em pulgas, numa explosão de adrenalina e testosterona, capaz de dar vida a um morto, ânimo a um morte-em-pé.
Mas se, nos contos de fadas, os sapos se transformam em belas princesas, na vida real, pelo menos para o Ambrósio, o seu sonho transformou-se, por artes e manhas do diabo, no pesadelo que, daí para a frente, se o fez remexer-se na cama foi com suores frios, terrores nocturnos e o amargo sabor de ósculos com travo a álcool. Imoral da história: quando estiver com os copos e quiser festa, vá em frente mas de frente: APALPE PRIMEIRO, BEIJE DEPOIS.
De bandido e de louco, tem ele e não é pouco. O bandalho da guedelha marada, vivaço e ricaço como poucos - é o que ele diz e quem sou eu para o desmentir? -, despediu o director do FBI, o homem que, aliás, lhe deu uma mãozinha para sentar a nutrida rabada no trono imperial da grandiosa pátria americana. Para o biltre da trunfa assombrada vale tudo, a república das bananas chegou finalmente a Norte, Trujillo, Pinochet, Somoza, Getúlio, Videla deixaram legado na Casa Branca, o bargante da madeixa tresloucada, amázio platónico de Putin, de Duterte, de Erdogan, da pior canalha eleita pelos povos dados ao masoquismo. Ele aí está de vento na popa, não poupa pobres nem doentes, nem crentes noutras religiões que não a sua, prior do deus dinheiro, papa do capitalismo sem freios, papá de racistas, xenófobos e fascistas, matéria pútrida expelida nas cloacas da América profunda, a do KKK, dos saudosos do esclavagismo, dos fazedores de mártires, dos escrevinhadores das mais n...
A Gui Castro Felga fez publicar estas fotografias no http://5dias.wordpress.com . Santa Catarina, uma das ruas mais concorridas e comerciais do Porto, vai morrendo lentamente à conta da crise e das geniais soluções económico-vassoureiras do Senhor dos Passos. Santa Catarina nos valha. Ou Santo Eucarário. Ou um palavrão qualquer, fraco lenitivo mas, ainda assim, melhor do que nada. É que o meu fígado, à pala de tanta cavacada e coelhada, tem andado mal coitadinho, não aguenta comer e calar. Tenho que desopilar. Porra para a troika, merda para a austeridade, que se lixem a crise, os cortes, a requalificação, o resgate, os mercados, os mercadores de vidas e de dinheiro, os dadores de sangue e órgãos de outros. Vão-se foder. Desabafei. Está desabafado.