o fascismo pintou as unhas
Por Alfredo Mendes
Estava a ver esse programa dos chamados "senadores", ou seja, dos possidentes comentadores do regime milionarmente bem pagos, vulgo Balsemão, Vitorino, António Barreto, agora o da Fundação do merceeiro Soares dos Santos, dono do Pingo Doce. Após a tal bela e encantadora Manuela Ferreira Leite ter preconizado a "Solução Final" para esses doentes com mais de 70 anos, apaguei o ecrã. Estou farto de filmes sobre o extermínio nazi; estou farto e enojado de ver certos ricos a queixarem-se dos "desperdícios" dos serviços públicos, quando eles podem recorrer aos privados. Mas os escroques falam no plural, em nós, os portugueses, como se tivessem as mesmas dificuldades económicas da maioria do povo português. Meus caros, interiorizem esta realidade nua e crua: Acabou-se o despudor, a vergonha, toda a casta de tabu. Caíram as máscaras. O fascismo de unha pintada venceu. Ressalvo, porém, no que vi e ouvi até àquela altura, a intervenção de António Vitorino, ao referir-se às medidas da tal bela e encantadora Manuela como um atentado contra os direitos humanos.
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