antes bêbedo do que drogado?


Vamos imaginar esta situação, longe vá o agoiro: que tenho um filho que dá em alcoólico. E que eu, pai extremoso, suspiro de alívio e grito vitorioso: antes bêbedo do que drogado! E não faço nada para o ajudar a livrar-se do vício.

É parvo, é criminoso, não é?

Mas não é disso que Miguel Sousa Tavares acusou Francisco Louçã há uns dias na televisão? De, para salvar o seu país de Sócrates, o ter atirado para os braços de Passos Coelho? Que deveria ter ficado quietinho, não ter feito nada para ajudar o filho bêbedo, não fosse ele dar em drogado?

Não recebo comissão de Louçã, sou tão adepto do Bloco de Esquerda como de qualquer outro partido que queira livrar o país da droga neoliberal em que nos atolaram, mas há raciocínios que não ficam bem a gente inteligente. Eu acho.

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