a guerra dos números

Sábado. Lisboa cheia de Sol. Milhares e milhares de pessoas iam enchendo a Praça de Espanha enquanto a cauda da manifestação estava ainda no Saldanha. Famílias indo e vindo, chegando e partindo, ninguém se manteve muito tempo na Praça de Espanha. Há uns minutos, na SIC Notícias, no telejornal que mais parece tempo de antena do Mário Crespo, um membro do PSD falava em 100.000 manifestantes, bastante mais, mesmo assim, do que os 10.000 a que se referia um "blogueiro-tipo taberneiro" aqui há dias. Nesta curiosa reportagem da Porto Canal, a repórter aponta 500.000 pessoas só em Lisboa. Cheia de Sol. De esperança. De frustração e raiva. Números são números. Valem o que valem. E o que vale é Portugal e os portugueses. O resto, os restos, serão episódios infelizes. E vilões indecentes que figurarão nos livros de História e de quem os vindouros falarão, com o mesmo desprezo com que hoje falamos de uma Leonor Teles, um Miguel de Vasconcelos, um D. Miguel, um Salazar. Escórias do tempo.

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