anda azedo, o azevedo


Belmiro de Azevedo, um dos homens mais ricos de Portugal, seguramente por obra e graça do seu génio empreendedor, deu sinais de vida. Falou e disse. Defecou sentenças. Arrotou postas de pescada. Segundo ele, e corroborando o amigo Coelho, os portugueses não vão voltar a receber os mesmos salários que auferiam em 2011 (contra ele fala, coitado, que em 2013 viu a sua colossal fortuna aumentar e os proventos dos seus concidadãos, que já eram em 2011 dos mais baixos da Europa, minguar ainda mais). Segundo ele, os portugueses só podem ambicionar melhores salários quando trabalharem o mesmo que os alemães, ou seja, três ou quatro vezes mais do que actualmente.

Vamos lá ver se percebo. Os seus funcionários trabalham para aí umas 40 horas por semana. Quatro vezes mais, significa trabalharem 160 horas por semana, mais de 30 horas por dia sendo que o dia só tem 24. É esta a carga laboral dos alemães? Ou dar-se-á o caso dos alemães trabalharem tanto ou até menos horas do que nós, os calaceiros do Sul?

Vejamos a coisa por outra perspectiva, menos lisonjeira para Azevedo, o milionário azedo. Se os portugueses trabalham o mesmo número de horas mas produzem quatro vezes menos do que os alemães, a culpa é dessa corja de madraços que somos todos nós ou será, atrevo-me a aventar, uma falta grave de gestão das empresas de Azevedo, não se tirando partido, de uma forma eficiente, da mão-de-obra ao seu dispor durante tantas horas por tão parcos salários, tantas vezes a roçar a miséria?

Tenho para mim que Azevedo anda a gerir mal as suas empresas. Tem que ser despedido. Ele e Passos, o inspirador desta gente e da sua imparável avidez.

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