é votar, senhores, é votar!

Entrai, damas e cavalheiros, meninos e meninas. Vinde ver o grande circo português, palhaços, equilibristas, malabaristas e ilusionistas, muitos ilusionistas na arte de criar empregos, baixar impostos, aumentar salários, num autêntico maná caído dos céus aos trambolhões. Votai, senhoras e senhores, votai se quereis ver coelhos a saltar de cartolas, portas a abrirem-se ao paraíso, moedas a nascerem-nos nos bolsos.

Dia 25 de Maio, o maior espectáculo do mundo desce à cidade. Truões, bufarinheiros, trapezistas, vendedores de banha-da-cobra, domadores de feras mansas, contorcionistas, fanfarrões, varinas e proxenetas de fatinho de ir à missa vão animar o vosso dia, prometer-vos mundos e fundos, emitir arrotos imundos, dar com uma mão e tirar com a outra, mestres na prestidigitação e na mentira.

Providenciaremos bóias de salvação, coletes à prova de bala, sacos para o enjoo, caixões em dia de ir às urnas.

É entrar, é entrar! Venham ao Poço da Morte, à Casa do Terror, ao Comboio Fantasma, à vida adiada, à morte em vida.

Os gladiadores de faz-de-conta estão a passar pelo vomitório.

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