CDS, o partido frize


O CDS é a favor do acordo da troika mas nem por isso. Diz que tem espaço de manobra. Logo se vê, portanto. Já governou mas nem se lembra. Nomeou muitos boys mas já se esqueceu. Até Celeste Cardona que, sem saber nada da poda, aterrou na CGD. Gastou em submarinos mas é contra o despesismo. O CDS é liberal-conservador-social-populista-responsável-moderado-centrista-radical. Tudo depende do barrete que fica melhor a Paulo Portas quando aparece na televisão.

O voto no CDS é uma espécie de voto em branco que elege deputados. Ou uma tripla para um governo: qualquer um lhe serve. Tem apenas uma mensagem: somos diferentes. Diferentes dos outros e deles próprios. Portas é sempre uma novidade, mais pelo fato que usa do que pela política. É como aquele anúncio de uma água gaseificada:"podíamos dizer que somos muita bons e tal... mas mudámos só o rótulo".

Mas o novo estilo centrista de Paulo Portas resulta. E assusta um PSD desnorteado. Prova disso é o anúncio dadisponibilidade do outrora liberal Coelho em rever a lei do aborto. Para reagir ao CDS, o novo PSD encontrou o seu lugar: bem à direita de Portas. Mais extremista no combate ao Estado Social, igual em tudo o resto. Não percebe o verde Coelho que é no centro que os votos lhe estão a fugir para o CDS. Passos entusiasmou-se e foi radicalizando o discurso. Portas, camaleão como sempre, adaptou-se e deu ao seu partido um ar um pouco mais social.

Autor: Daniel Oliveira

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