cavaco silva, um exemplo de parcimónia


E é este o homem que diz que gastamos demais e que temos que mudar de vida: na sua beatífica e mui confortável função de presidente de todos os portugueses, Sua Excelência o Senhor Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva esmifra, ao erário público, a módica quantia diária de 45 mil euros. São 315 mil euros ao fim de cada semana de ocupação do Palácio de Belém, 1 milhão e trezentos e cinquenta mil euros por mês, mais de 16 milhões por ano contra os "míseros" 7 milhões que custa, a Espanha, a respectiva Casa Real. 

Se isto não é um escândalo, o que é um escândalo? 

Austera a figura será, firme e hirta como ela só, mas quanto a outro tipo de austeridade, o da poupança das depauperadas finanças públicas, do dinheiro de todos nós, estamos conversados. Cá estarei eu, tu, nós, vós, para pagar. Eles, os políticos que nos couberam em sorte, é que nunca.

Toca, pois, a mudar de vida. Passe fome, se tiver que ser. Se está desempregado, empregue-se, não seja madraço. Venda os trastes, se os possuir. Empenhe as pratas de família, se as tiver. Não vá de férias, não trabalhou para as merecer. Faça o que fizer, padeça o que padecer, encolha o que tiver que encolher, estique o que tiver que esticar, mas pague. Pague os gastos e as dívidas. Deles. Pague e não bufe.

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