estúpido não será certamente, mas um inteligente não fala assim


Hoje à noite, RTP 1, entrevista com Vítor Gaspar. 

O jornalista fez-lhe notar que este OE era todo ele de cortes, de aumentos, de austeridade, que não havia uma única medida de incentivo à economia. Vítor Gaspar deu uma resposta que brada aos céus vinda de um ministro das finanças e que muito deverá preocupar os portugueses sobre o seu gabarito, quer técnico, quer intelectual. Passo a citar, de cor, mas não andará muito longe do que foi dito: quer melhor medida do que o alargamento do horário de trabalho em meia hora?

Por outras palavras, faz-se trinta por uma linha para arranjar dinheiro à custa dos trabalhadores. Mas haver uma iniciativa, uma ideia que seja para pôr a economia nos eixos, nenhuma a não ser essa aberração a que, sintomaticamente, Vítor Gaspar se referiu várias vezes como "flexibilidade do horário laboral", deixando adivinhar o que aí vem. 

Ao que tudo indica a única coisa que preocupa o governo é apresentar, aos senhores da troika, o "trabalho de casa" feito. Como alunos aplicados. Depois de receberem a nota de exame, que não deixará de ser elevada, perderão as eleições, o país estará nessa altura arruinado, mas terão à sua espera elevados cargos no estrangeiro como paga pelos altos serviços prestados ao grande capital.

Quem cá ficar, mais uma vez, que lhes pague as dívidas e a estupidez. Se ainda conseguirmos.

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