transcrevo, sem comentários, um texto de um arauto do fascismo, o primeiro a dar a cara (outros virão)
(...) Agora é preciso calar e cumprir rigorosamente o que está estabelecido com a troika. Agora é preciso dar graças a Deus sempre que a troika desbloqueia mais uma tranche para os cofres do Estado. Agora é tempo de unidade nacional. Agora é tempo de andar de bico calado e não fazer muitas ondas. Agora é tempo de acabar com a irresponsabilidade dos irresponsáveis que atiraram o país para a desgraça. Agora é tempo de esperar que a Alemanha consiga encontrar soluções para a crise do euro e das dívidas soberanas. Agora é tempo de expiar os pecados de anos de gula e desperdício. Agora é tempo de acabar com os direitos adquiridos e encontrar uma carta dos deveres atribuídos a todos os portugueses, de alto a baixo. Agora é tempo de acabar com utopias e ilusões, soberanias e independências. Agora não é tempo para o exercício de democracias directas ou indirectas. Agora já não há tempo para hesitações ou referendos sobre o que se vai passar na Europa e em Portugal. Se Vítor Gaspar tem razão quando diz que “não há dinheiro”, não é menos verdade que Portugal não tem tempo a perder com formalismos próprios de gente rica. A ordem está falida e os frades famintos.
Nota: sublinhados da responsabilidade do autor do blogue.
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