paga e não bufes!


Relvas e Ruas, o ministro (este sim, sinistro) e o autarca dos autarcas, estiveram hoje juntos e felizes em conferência de imprensa. Motivo? Tinham chegado a acordo, não pré-nupcial, antes fosse que só se estragava uma casa, mas um outro em que o Estado vai "ajudar" as autarquias endividadas desde que as autarquias endividadas se comportem como deve ser, ou seja, sem afrontar o governo e as suas sábias decisões. 

Até aqui, a malta até podia ficar contente, respirar de alívio, sempre é um problema a menos. Só que, depois, começa a esmiuçar a questão, a trocá-la por miúdos, e chega à aterradora conclusão de que, mais uma vez, são os portugueses que vão pagar e não bufar, com electricidade mais cara, água mais cara (aumentos que podem chegar aos 760%) e IMI mais caro (ou seja, se o banco não lhe ficar com a casa, esteja descansado que as Finanças, mais tarde ou mais cedo, vão lá despejar a família para debaixo da ponte mais próxima - desde que tenha, obviamente, lugares ainda vagos).

Ou seja, os portugueses vão pagar e não bufar depois do regabofe de décadas em que tantos engordaram as contas bancárias, e as rotundas panças, à conta de rotundas, estradas, centros culturais, aterros sanitários e o mais que se sabe e ainda não sabe. 

Estamos a viver num esgoto a céu aberto.

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