pela redenção dos nossos pecados


Muita gente se irrita, e outros acusam-me de exagero, quando digo que Merkel está cada vez mais parecida com Hitler. Mas está. Aquilo que Adolfo não conseguiu com a força das armas, está Ângela a tentar pelo poder da economia: escravizar os países à sua volta, torná-los mão-de-obra barata para usufruto da grande Alemanha.

Vieram a lume estudos alemães que apontam para a criação de reservas económicas especiais nos países mediterrânicos. Portugal, claro, está incluído, pese embora a imprecisão geográfica, que se perdoa. E os indícios não acabam aqui. Para redenção dos nossos pecados, da gente do Sul e do Sol, amantes da boa vida, do dolce fare niente, de putas e vinho verde no nosso caso, germinou uma ideia brilhante na Universidade Johannes Gutenberg, em Mainz: a criação de um Pacto de, adivinhou, Redenção. Até o nome humilha e mete medo.

Que se leia, nesta transcrição do jornal "i", o que se prepara entre a intelligenz alemã:

"Para vencer as actuais dificuldades, os países endividados do Sul da Europa, Portugal, Espanha, França e Itália, poderão ser convidados/obrigados a pôr as reservas de ouro e os tesouros nacionais como garantia de um plano de assistência e estabilização financeira de 3 mil milhões de euros que está a ganhar forma na Alemanha, em alternativa à criação de eurobonds."

Não sei bem o que querem dizer com a disponibilização dos tesouros nacionais. Mas quer-me parecer que se vão ver em sérias dificuldades para transladar os Jerónimos para Dresden, ou o Museu do Prado para Munique, ou a Torre de Piza para Berlim. A história já provou que aos alemães, a certos alemães, e a um austríaco que nasceu no lugar errado, nunca lhes faltou engenho e arte para fazer o que lhes dá na real gana. Até matar. E nós, quer queiramos quer não, somos para eles os novos judeus. 

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