é só abancar, abancar, abancar
Como se viu já em 2008 nos Estados Unidos, e depois na Islândia, na Irlanda, na Grécia, em Portugal e agora em Espanha, não foi o cidadão comum que contraiu dívida e que precisa de financiamento, mas os bancos. No entanto, sumidades iluminadas há que continuam a propagar que vivemos acima das nossas possibilidades. E que nos obrigam a pagar a conta. Com dinheiro que vai quase todo direitinho, cêntimo a cêntimo, para os bancos. Ou para pagar juros da dívida, que vão favorecer ... os bancos.
Uma sociedade deve organizar-se em função do seu povo, do seu bem-estar, da sua felicidade. Mas, em pleno século XXI, neste século em que parece termos recuado um ou dois ou mais, a sociedade organiza-se em função da banca sagrada, os governos privilegiam a banca, esmifram-nos a favor da banca. Preocupam-se com os bancos. Sofrem pelos bancos. Nunca com os que são atirados para as ruas, os que passam fome, os que perdem emprego, perspectivas, a vida. Os que empobrecem. Os que vegetam. Os que desesperam. Os que temem o dia seguinte.
Não adianta Passos vir-nos falar da sua compaixão. Porque não a tem. Com paixão pelos bancos, sim. Compaixão pelos povos, não.
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