escondam as pratas, vêm aí os cómicos!
Reza a lenda, e só a lenda, que era este o grito de alerta com que, na província, se acolhiam os actores em tournée. Grito injusto, esse. Mas não será exagerado usá-lo com o (des)governo que nos coube em sorte. Escondam as carteiras e as pratas, se ainda as tiverem. É que Gaspar anda por aí. O grande carola das finanças, que veio lá de fora (sim, ele também, não foi só o pastel da Economia) para nos salvar, está a derrapar com os números, parece que não vai conseguir alcançar as metas exigidas pelos seus amos e senhores da troika.
Portanto, oh amigos meus!, escondam as pratas, guardem o vosso rico dinheirinho, comecem a botar mais contas à vida. Passos negou. "É muito cedo para se falar em novas medidas de austeridade". Mas toda a gente sabe, e se não sabe é porque ou é atoleimada ou não quer saber, Passos diz e desdiz, mente e desmente-se com a mesma facilidade com que os cães e cadelas copulam em plena rua, abençoados sejam.
Esperem pela pancada. Mais esta. Passos, Gaspar e o pastelão aceleraram a queda do País. Foram avisados de que tanta medida de austeridade nos ia conduzir ao desastre. Mas eles insistiram, orgulhosamente sós. Nós não somos a Grécia. Diziam. Nós temos um povo cheio de paciência, coitadinho. Suspiravam. Vamos cumprir. Não precisamos nem de mais tempo nem de mais dinheiro. Prometiam.
Talvez não precisem de mais dinheiro ... da troika. Se os portugueses não esconderem as pratas, as que lhes restam e é se lhes restam algumas, será com essas que eles vão cumprir. Vai uma aposta?
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