a imperatriz da europa
Devia já ser, desde há muito, uma carta fora do baralho, e olhem que esta é palavra que rima com outra do mais puro vernáculo português que apetecia usar para a mandar para lá, para isso. A dama de copas ordena, critica, interfere, enquanto a Alemanha arrecada lucros com a crise montada pelos mercados para benefício de uns quantos, tão poucos. De ingerência em ingerência, Merkel vai conquistando terreno, na Irlanda, na Grécia, em Portugal, Espanha, Itália. O mapa da Europa molda-se-lhe aos caprichos, aos interesses. Políticos fracos vergam-se e ajoelham-se-lhe aos pés. O sofrimento de milhões de pessoas por essa Europa fora, que perdem empregos, casas, vidas, são danos colaterais. O que importa é fazer o que Hitler não conseguiu: ganhar a guerra. Ter a Europa subjugada a seus pés.
Deixámos de precisar de presidente da República e de primeiro-ministro. Basta nomear um governador para a região lusitana. Sai mais barato e, sabendo que o povo português não está, nunca esteve preparado para a democracia, será mais eficaz também. De chicote na mão, prosseguindo a tradição dos melhores negreiros, flagelará os preguiçosos do Sul. Ganham demais, descansam demais, comem demais, bebem demais e nem sequer é cerveja, mas vinho. A legião de escravos cresce a cada dia que passa. Ao serviço de sua majestade.
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