o desprezo
Sei lá. Os sociólogos, psicólogos, politólogos da nossa praça, praça onde vendem o seu peixe tantas vezes mal amanhado, dirão que eles é que sabem explicar as coisas como elas são, as convulsões sociais, políticas, económicas que nos andam a azucrinar a existência. Eu cá talvez não saiba patavina dessas ciências, para mim ocultas, mas uma verdade salta-me à vista sem precisar de doutoramentos, canudos e outras equivalências: que, a cada dia que passa, o país, o mundo, caminham a passos largos para a bancarrota e a derrota do humanismo, da solidariedade e da justiça sociais. E sei mais: que Passos Coelho, Miguel Relvas, Vítor Gaspar, Paulo Portas e quejandos não me merecem o mínimo respeito. Quem governa contra os meus interesses, quem me assalta todos os dias, quem prejudica o meu presente e compromete o futuro dos meus filhos, quem se orgulha de nos empobrecer não tem nem autoridade nem seriedade para me representar. Não lhes dou esse direito. Desprezo-os.
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