os diabos estão contentes


Fernando Ulrich, o banqueiro tresloucado, exige ao governo que ajude não só as PMEs, mas também as grandes empresas, coitadas. Passos Coelho diz que, se os funcionários públicos vão ser despedidos, a culpa é do Tribunal Constitucional, essa instituição inútil de esquerdistas de toga. Gaspar quer fazer, dos portugueses, bufos e fiscais do fisco e, para isso, oferece-lhes alvíssaras, pagas através de benefícios fiscais (até 250 euros por ano, menos de 21 euros por mês, um maná). A dívida sobe, o défice aumenta, o desemprego atinge números aterrorizadores. José Castelo Branco, entre ademanes, rebolanços e saracoteios, é a grande atracção da SIC pelos domingos à noite, para gáudio da populaça sedenta de pão, circo e drogas duras, que nos anestesiem de vez. O Teatro Aberto pode fechar as portas já em Junho e a Cornucópia, a Comuna, o Teatro Experimental de Cascais e a Seiva Trupe também estão na calha. A esmoler Isabel Jonet vai ser a "anfitriã" do 10 de Junho a convite de Cavaco Silva, o presidente que, de palhaço, nada tem, muito menos dúvidas ou dívidas, não sei se estão a ver onde quero chegar. Os salários baixam à medida que aumentam a pobreza, os suicídios e a caridadezinha, não esquecer a caridadezinha, o conforto das almas penadas, cristãs de orelhas moucas aos ensinamentos de Cristo. Os reformados que recebem acima de 500 euros são ricos e, como tal, serão punidos, expropriados das fortunas ilegalmente adquiridas.

Os diabos estão contentes, atiçam fogueiras em autos-de-fé, vão-nos à carniça, ao bolso, à vida. Já não se aguenta tanto corno, tanto enxofre, tanta forquilha a rasgar-nos o lombo, a retalhar-nos a dignidade.

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