alzheimer na alta finança


Sou um génio das finanças, da economia, da governação. Desde o início da crise, desde Sócrates, que tenho estado irredutivelmente contra a austeridade que só atinge os "pequenos", nunca os "grandes", o mexilhão que se lixa enquanto a lagosta se dá a luxos. É que eu cá, ao lado do FMI, sou um crânio. Os gajos tanto se declaram contra a austeridade como a favor, tanto dizem hoje uma coisa como, amanhã, o seu contrário se preciso for. Desta feita, foi Lagarde a avisar que ainda serão precisas mais reformas em países como Portugal. Reformas, no vocabulário deles, significa uma só coisa: austeridade, cortes nos salários, pensões, escola e saúde públicas. A morte do Estado Social para proveito dos "mercados", essa entidade que poucos sabem o que é, quem os constitue, mas que tanto mal nos faz.

Sou um génio, não há dúvida. Ponham-me a governar. Farei melhor do que Passos, prometo. Aqui, e só aqui, estou com Mira Amaral, com a vantagem de o dizer sem uma chuvada de perdigotos: a aumentar impostos e descer salários e pensões, até eu sei governar.

Sou um génio, mas o Mira não me fica atrás. Nomeio-o desde já meu ministro para os negócios angolanos, perdão, estrangeiros.

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