ideia para acabar com a austeridade
A solução estava mesmo debaixo dos nossos olhos e nós, ceguinhos, sem vê-la: é fazer eleições todos os meses, meter os partidos a concorrer não só ao Parlamento, não só às autarquias, mas também às direcções de hospitais, casas de saúde, empresas públicas, colectividades de recreio, sindicatos, associações estudantis, cantinas sociais, asilos, universidades, clubes de futebol, agremiações, cooperativas e demais organizações. Isso é que era bom: todos os meses pingavam benesses, todos os meses caiam migalhitas dos céus da Buenos Aires, do Caldas e até do Rato, era um maná nunca visto e, quanto à austeridade, viste-a, já era.
É que assim, tal como anda o calendário eleitoral, a coisa não sacia nem sai de cima. Prometem-se agora, antes das eleições europeias, umas esmolinhas que serão ofertadas de facto, e é se o forem, antes das legislativas do próximo ano. Está mal, é pouco, é nada.
Quero que os políticos do arco da governação, ou da governabilidade como outros gostam de dizer, prometam hoje para cumprir amanhã, porque logo a seguir há mais eleições e eles não querem, já não podem, defraudar o incauto eleitor.
Vamos lá, cambada! Vamos obrigar os partidos a candidatarem-se a condomínios, clubes de campismo e caravanismo, casas de putas. Eles é que sabem da poda. E pode ser que, assim, deixem de conceber com pecado.
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