"o senhor primeiro-ministro manda dizer"


O porta-voz do governo falou hoje. Ai, que cabeça a minha. Não foi Marques Guedes nem Marques Mendes nem sequer o Fernando Mendes ou um Mendes Guedes qualquer. Desculpem a confusão. Foi o presidente. Vénia. Sim, Cavaco, Aníbal, o Sr. Silva para João Jardim mas, para o soba agora sem tribo, também há cubanos e filhos da puta. Inimputável, como eu gostava de ser, o sultão agora sem trono diz o que lhe dá na veneta e dá-lhe na veneta mais do que manda a razão.

Adiante.

O presidente falou. Mesura. Disse o que o primeiro-ministro gostaria de lhe ouvir. Que Costa, o do BP (BP de Banco de Portugal e não de British Petroleum, não façam V. Exªs confusão que para baralhamentos de moleirinha já basta na minha), foi muito bem escolhido para suceder a ele próprio. Aquele homem é um portento. O Costa e não o presidente. Salamaleque. Ainda os banqueiros estão na barriga de suas mães já ele consegue destrinçar os feios dos porcos e os porcos dos maus. Ainda Salgado andava fugido ao PREC e já Costa, o Grande Regulador, o topava à légua. Já o BES estava falido e jurava ele a pés juntos que era dos melhores da praça. Mas mais disse o senhor presidente. Cortesia. Disse que, nesta coisa de meter laranjas na cesta, de pouco importam os consensos. Estes servem para procrastinar, um verbo tão ao gosto do presidente. Reverência. Ou seja, consensos sim desde que sejam para consentir tudo o que o primeiro-ministro quiser, roubos e venda de pechinhas porque, a bem dizer, foi para isso que nasceu, é para isso que está calhado. Calado deveria estar o presidente. Dupla vénia com flique flaque à rectaguarda.

De consenso e falta de senso, amigos meus, cada um usa o que quer. E abusa, quanto mais não seja da nossa inteligência.

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