o tempo de antena que se segue é da inteira responsabilidade dos intervenientes

Os meses que se seguem vão ser duros, digo-vos eu que, sobre isto, não me engano nem tenho dúvidas. Os quatro canais generalistas, mais os quatro alegadamente de informação, estão ao serviço do governo, correm para onde ufane Portas, perore Passos, depenique Cristas, tartamudeie Macedo, achinele Cruz, palestre Crato, arfe Mota, sentencie Albuquerque. Atentos, veneradores, obrigados e agradecidos, lá vão cantando e rindo e trazendo à pantalha a última decisão eleitoralista, a derradeira mentira, a promessa final. Cada noticiário é tempo de antena do governo da inteira responsabilidade dos seus intervenientes. Costa dá à costa um segundo, Jerónimo e Catarina devem ter ido para o outro mundo, outros de que não sei o nome não aparecem e deles nada ficarei a saber, que pensamento, estratégia, linha de acção, ideologia. Os telejornais só dão boas notícias, as exportações que sobem, o desemprego que desce, a economia que cresce, Sócrates que continua em Évora, a Grécia que está a um passo do descalabro. Todos dão uma ajuda, do INE ao Banco de Portugal e, claro, a Junker, a Merkel, a Rajoy, a Draghi. O governo português foi bom aluno, tomem lá rebuçados, um chupa, um gelado de laranja amarga. Não queiram o fatídico destino dos gregos. Não queiram os socialistas perdulários. Votem na rapaziada que fez de Portugal o capacho dos grandes senhores.

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