uma pipa de 10 milhões
Pires de Lima devia estar com os copos, ontem, para vir para as televisões gabar-se do encaixe de 10 milhões com a venda da TAP. Devia estar pielas e não era de cerveja, era de soberba, de orgulho, de vaidade, impante perante uma obra tão bem feita, uma operação tão perfeita. Dez milhões são uma pipa, de gin, de vinho fino, de cachaça, do que aprouver a Sua ministerial Excelência, mas nunca uma pipa de massa que tape seja que buraco for das contas do Estado. E assim vamos. Vendendo as últimas jóias da coroa, alienando o futuro, para pagar umas tantas dívidas aos credores. Não muitas. Dez milhões dar-me-iam muito jeito a mim mas, para o Estado, é um grão de areia na Costa da Caparica. Vivemos uma farsa, ou não fossemos nós governados por farsolas e mariolas do piorio. Como disse ontem um senhor na televisão, o executivo de Coelho ficará para a História como o governo que deixou a TAP sair do controlo estatal, que praticou um crime de lesa-pátria.
E, se mal pergunto, que se passa com a providência cautelar apresentada por um grupo do movimento Não TAP os Olhos? Anuncia-se o nome do comprador enquanto o processo decorre? Estará o governo tão convencido assim de que o tribunal vai aceitar os seus argumentos? Ou, pura e simplesmente, está-se nas tintas para a Justiça, dando assim um exemplo de irrepreensível cidadania?
A TAP que não voe daqui para fora. Eles sim. De submarino, passe a incongruência, para que saiam sem ninguém saber. Assim, de mansinho, .antes que a padeira renasça para rechaçar os traidores.
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