pedro e o lobo


Hoje, no Público, um daqueles biscateiros de serviço que ostenta o pomposo título de comentador político, de seu nome João Miguel Tavares, vem insurgir-se contra os malvados neofascistas de esquerda que acham - ou, se não acham, desconfiam - que Pedro Passos Coelho está a usar a doença da mulher para fins eleitorais. Diz ele que o ódio a Passos é mais forte do que a sensibilidade e o bom senso. Ele, o João, que mal Sócrates foi preso veio publicamente confessar a sua total convicção sobre a irremediável culpabilidade do dito!

O João está errado. No meu caso, e muitos outros haverá que assim sentem e pensam, não é o ódio que me move. É o conhecimento profundo da envergadura moral do marido da senhora. Pode ser que, desta vez, esteja inocente. Mas quem não conhece a história de Pedro e do lobo? Do pecador que, pecando uma vez, peca sempre? Ou a do incorrigível verdugo?

João não tem razão. Mas também, digo-o com a mesma modéstia com que Pedro diz ter resolvido o impasse grego, raramente a tem. Na mesma proporção das dúvidas que não o assaltam e dos enganos que não lhe assistem.

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