podre, pobre país

Há patrões, pequenos ou grandes, que só visam o lucro imediato, fácil. Lucro que lhes permita comprar mais um Mercedes, passar mais uma semana nas Caraíbas ou nas Seychelles, jantar mais uma mariscada com a família no restaurante fino das redondezas. Os trabalhadores, para eles, são simples peças da máquina de fazer dinheiro, máquina que querem bem oleada, sem avarias, sem queixas, a gastar o mínimo e a render-lhes o máximo. Repito: com honrosas excepções, que as há, esta asserção é válida para muitos patrões, do pequeno ao grande, deixemo-nos de demagogias e, pior ainda, de hipocrisias politicamente correctas. Patrões que esquecem a responsabilidade social que qualquer empresa deve cumprir neste mundo, incluindo, mas não só, a de produzir emprego e riqueza na localidade onde estão inseridas. Sob pena de, se assim não for, a sua existência não se justificar. Engordar a conta bancária de um indivíduo, de dois, de três, é pouco, não chega. E mais não faz do que contribuir para uma economia como a nossa, pacóvia, de vistas curtas, sem empreendedorismo, sem garra nem competitividade com o exterior.

Pedro Jorge tem um processo disciplinar por causa da sua intervenção no programa Prós e Contras da RTP. Podre, pobre país.

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