enquanto houver pontes, há esperança!
Há dias em que a única coisa que me apetece fazer é soltar palavrões, chocarrices de carroceiro aos tempos da mala-posta. É que não há limites, neste governo, para a agressão aos trabalhadores. Legalmente, quem for despedido recebe, de indemnização, 30 dias de salário por cada ano de trabalho. Com este governo, a coisa vai baixando, baixando, e já se fala num máximo de 10 dias por cada ano de trabalho. Isto é roubo. É assalto. É assassínio puro e simples, a sangue frio, premeditado. Com este dinheiro, com esta colossal fortuna, e sem ter perspectivas de conseguir novo emprego nem a médio nem a longo prazo, resta aos desempregados a hipótese de, passados uns meses, poucos, abandonar a casa e levar a família mais os tarecos, poucos, até à ponte que ainda tenha vagas para acolher os miseráveis, os párias, os madraços da nação que o que não querem é trabalhar.
Há dias assim. Em que só me apetece gritar o que me vai na alma através de insultos, dos mais soezes pois então. Filhos da puta é brandura, é excesso de educação, é refinada delicadeza. Coisa pouca para tanto crime.
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