entre pobres e ricos, alguém há-de escapar

Não foi uma nem duas vezes que apelei, no Quatro Almas, à intervenção activa da classe artística na vida política. Contra o fascismo ranhoso e manhoso que nos anda a afligir há tempo demais. Ao invés, alguns artistas decidiram reunir-se para cantar uma canção que não é mais do que um apelo à caridade, a velha caridadezinha com cheiro a bafio e reminiscências de um passado que se queria já morto e enterrado. Acorreram muitos, até alguns de quem gosto bastante, como Cristina Branco, Jorge Palma, Sérgio Godinho. Ignorando, ou fingindo ignorar, que a caridade não é a solução para nenhuma chaga social. A solução passa por melhor distribuição da riqueza, mais criação de emprego, educação, justiça social. Terão sido inspirados por boas intenções. Mas, diz o povo e nessas coisas não se costuma enganar, assim não se enganasse também na hora de votar, "de boas intenções está o inferno cheio". 



Para os que gostam de iniciativas do tipo "live aid", deixo-lhes aqui uma acção com muito mais mérito, porque menos hipócrita:

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