cavaco acerta sempre em cheio

O presidente, apoiante do governo que mais portugueses tem atirado para a pobreza e para a mendicidade nas últimas quatro décadas, acerta sempre no alvo, é um ser congruente, se não disse que raramente se engana e nunca tem dúvidas poderia tê-lo dito, estava no seu direito. Como temos mais pobres, remedeie-se o problema com o recurso à esmola. E se Isabel Jonet tem agora um cargo internacional graças às suas obras valorosas, que a vão na lei da sorte anafando, por que razão não havemos de ter mais Isabelinhas em miniatura espalhadas pelo País e, ainda melhor, pelo mundo, esse mesmo que descobrimos e explorámos e desbravámos e cristianizámos e não sei o quê mais há uns cinco séculos?

Por isso o presidente, na congruência que lhe é por todos reconhecida, vai dedicar o dia de hoje ao empreendedorismo social, expressão galante para designar o que, antes, se chamava caridade. Mais refeitórios para os pobres, mais distribuição de vitualhas e enxovais, mais agasalhos para os que dormem pelas ruas da amargura, mais soluções esmoleres e menos Estado Social, pior distribuição da riqueza, maior retrocesso civilizacional e clivagem entre ricos e pobres, a lembrar tempos quase medievais.

Concedam-me a esmola de acreditar que Cavaco, tal como o País, está no bom caminho. Porque amiúde está certo. Porque nunca por nunca ser questiona os seus actos, por mais críticas de que seja alvo e munições que lhe acertem. Ele é à prova de bala. E dura, e dura, e dura como o coelhinho das pilhas. Deve vir daí o seu amor, mal disfarçado, ao coelhinho da troika, num truca-truca platónico.

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