o luxo das arábias de um general angolano








Esta não é uma mansão qualquer. É luxuosa, mas muitas o são. Foi construída no Algarve, mas muitas outras o são também, com a mesma opulência. Pertence a um estrangeiro, mas a isso também estamos habituados, o Algarve pertence ao povo, que lá trabalha e pena, e mais ainda aos ingleses, holandeses, russos, alemães, qualquer dia chineses, qualquer dia árabes, que lá vão desfrutar do melhor do Algarve.

Esta não é uma mansão qualquer porque pertence ao general Kopelipa, um dos grandes senhores de Angola, unha com carne com Eduardo dos Santos, magnate de um povo na miséria, um dos usurpadores das riquezas do País, um príncipe, um imperador, um generalíssimo, braço direito do presidente de Angola, chefe da sua casa militar, dono de vinhas do Douro, accionista de bancos portugueses e o mais que não se sabe, porque muitos negócios serão realizados por testas-de-ferro e outros em nome de familiares, como um filho que comprou a Viauto, representante em Portugal da Ferrari e da Maseratti, de certeza para que o pimpolho possa ter uns carritos a mais com que brincar.

E é a esta gente que Portugal pede desculpa. E é com esta gente que Portugal quer fazer negócios. Porque a honra, a moral, a dignidade, não são nada se não houver dinheiro. A honra, a moral, a dignidade, cedem-se em troca de umas casas no Algarve, uns investimentos em grandes empresas, umas parcerias aqui e acolá, uma bóia de salvação para as construtoras em apuros, e tudo isso vamos pagar caro porque nada disso contribuirá, a longo prazo, para a consolidação ou reforço do poder económico de Portugal, antes para a sua penhora a pequenos títeres e grandes criminosos.

Sobre os negócios de Kopelipa em Portugal:

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