fujam, fujam que o coelho é comunista!
Fernando Ulrich de seu nome, casado com Isabel Diana de Bettencourt de Melo e Castro, filha do Conde de Galveias, militante do PSD e funcionária em Belém ao serviço de Cavaco Silva, esse Fernando, o Senhor Aguenta-Aguenta, saiu-se este fim de semana com mais uma das suas pérolas: "nunca provavelmente a esquerda fez uma política tão redistributiva como a que tem feito o governo de Passos Coelho". E acrescentou, porque só uma pérola não dá para um par de brincos, muito menos para um colar: "O que o Dr. Passos Coelho fez nesta matéria é tão redistributivo ou mais do que o Partido Comunista fez em 75".
Pois. Deve ser por isso, por causa desta mania igualitária que tomou conta de Coelho e do seu governo, perigosamente esquerdista, escandalosamente social-fascista, que os ricos estão mais ricos e os pobres mais pobres. Diz-nos a insuspeita OCDE, dizem-nos as evidências. Mas o que é evidente para nós, para Ulrich não passa de uma fantasia, uma toleima, um macaquinho no sótão onde guardamos teias e telhas, teúdos e manteúdos que temos sido por um Estado generoso e bom.
Disse-o também Coelho este fim de semana, que os deficientes não podem contar só com o favor do Estado. O Estado é generoso e bom, lá isso é, mas não abusemos. O dinheiro não chega para todos e há que acudir aos Ulrich, aos Mexia, aos Espírito Santo, aos Mello, aos Catorga, aos Relvas, aos Arnault, aos Montenegro, às castas e clãs que sempre viveram sob os favores do Estado e os que contam viver à sombra e à conta dele. Tal como Passos. Ou já nos esquecemos da Tecnoforma e dos favores com que foi bafejada pelo Estado generoso e bom, um caso que noutro país seria um escândalo e que, por aqui, não passou de burburinho de "silly season"? E dos favores que Coelho irá receber quando o seu desgoverno cair, alcandorado que será a um qualquer lugar regiamente pago por todos nós?
As vozes da infâmia não aguentam estar caladas. Sofrem de incontinência verbal. E de ejaculação precoce. Atingem o clímax com demasiada facilidade.
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