submersos pela merdalha


Vamos lá ver se nos entendemos: o Correio da Manhã, de consabida manha, diz que Sócrates tentou escapar à prisão; o Público, por sua vez, afirma que a mesma pessoa, e não outro Sócrates, ou Aristóteles, ou Platão, terá pedido para ser ouvido muitas horas antes de ser preso.

Cada jornal diz o que quer, no dia seguinte à notícia do arquivamento do processo dos submarinos. E entretanto deixou de se ouvir falar na Tecnoforma, no BPN, nos Vistos Gold, em Duarte Lima, em Luís Filipe Meneses e em todos os outros enredos e personagens desta ópera-bufa que fede e nos lixa, aos mexilhões tão na moda.

Escapa o BES. Talvez porque se venha a descobrir, é a esperança que resta quando não restam pudor nem escrúpulos, que Ricardo Salgado namoriscava com Sócrates num recanto escuso ali à avenida da Liberdade, recebendo do governo de então encomendas e benesses. Ou por rancor à sagrada família por parte de quem nasceu remediado por terras coimbrãs. 

Depois não digam que já não há lutas de classes. Pelo menos das classes baixas, os multimilionários e os aspirantes ressabiados à fortuna, ao estrelato, ao peculato, há uma luta intestina que tresanda a merda e a merdalha. 

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