albardas e aldrabões
O que é que o governo faz melhor? Aldrabar ou albardar?
Ambos.
Desde o ano triste de 2011 que aldraba. Primeiro, para ganhar eleições. Depois, para tentar convencer-nos, custe o que custar, que o seu caminho é o certo, o único, sem alternativas nem lenitivos.
Desde o ano triste de 2011 que nos albarda. Fomos, somos os burros de carga. Temos vindo a acarretar com défices, gastos sumptuários (suntuários após o desacordo merdográfico), falências, corrupções, fundações, obscuras negociações e outras maldições dos altos especuladores financeiros e da sua criadagem política. E, uma vez que não demos até agora coice que se visse, sobrecarregam-nos mais e mais porque, já lá dizia o meu avô que, tal como o outro, raramente se enganava, se um burro alanca comendo um só fardo de palha, para que lhe havemos de dar dois? É este o lema, a luz que conduz toda a actuação dos iluminados da irmandade do senhor dos Passos.
Vem todo este aranzel, de albardas e aldrabões, a propósito de quê?
Do facto do governo nos querer fazer passar por burros outra vez: ontem, o acordo entre eles e os trabalhadores da TAP era só para quem o assinasse. Poucas horas depois, não chegou às 24 de um dia, antevendo problemas jurídicos que não souberam prever e muito menos precaver, lá vêm afirmar, sem um enrubescer de faces, que o acordo é e sempre foi extensivo a todos os funcionários da companhia aérea.
E assim vamos nós, de chibatada em chibatada até à derrocada fatal. A não ser que, finalmente, aprendamos a escoicinhar.
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