deixem passar a marcha!


François, até há pouco pelo menos, estava à porta do Eliseu, qual mordomo de casa fina, a receber os ilustres convidados para a grande marcha da hipocrisia. Milhares de polícias nas ruas, milhões gastos em segurança, para que uma dúzia de damas e cavalheiros possa caminhar ao lado da arraia-miúda, uma vez sem exemplo, "solturando" lágrimas e suspiros, mostrando como eles também são Charlie, esse jornal agora tão apreciado, tão elogiado, veneradíssimo como um altar, pagão é certo, mas ainda assim altar.

Veja-se esta capa (em baixo) de um Charlie de há 40 anos e imagine-se como Coelho, o marchante, gostará dela e com ela rirá a bandeiras despregadas.

Deixem passar a marcha! O neoliberalismo fatal e o terrorismo estatal irão à frente, a mostrar ao mundo como são bons, tolerantes, humanistas e coisa e tal. 

E tal.


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