atire-se ao rio!
Não me rio. Não ao Rio. A coisa é séria. Depois de Cavaco, qualquer um será melhor mas há uns melhores do que outros. Não Rio. Não ao Rio. Atirem-se ao Rio. Atirem-no ao rio. Não metam água desta vez. Relvas está viçoso que chegue, não precisa de rega. Coelho tem pasto que baste. Os laranjas, ainda que ácidos, andam ao engodo da marmalade tripeira. Façamos um dique para que Rio não passe, não chegue à Foz, não aporte a bom porto em Belém. Que fique no Porto. Que se fique pela Cantareira, pela Ribeira, por Miragaia. A ver navios. A Rio, lodo. A Rio, lama. A Rio, nada. Que nade e se afogue. Se afunde. Que a eleição dê em naufrágio. Que vá por água abaixo. Que o rio se torne riacho. Regato. Um fiozinho de água, nunca vaga de fundo. Na crista da onda até à molha final, à banhada fatal. Atirem-se ao Rio. Atirem-no ao rio.
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