o eco alemão


Ainda ontem, no Expresso da Meia-Noite, uma execrável criatura de quem não fixei o nome nem isso importa porque para a História não ficará pela certa, vociferava contra os gregos todos e Tsipras em particular e elogiava a credibilidade, por via governamental pois está claro, que Portugal tinha almejado na estranja entre os mercados, os senhoritos e os senhorios que são os verdadeiros donos da casa que julgávamos ser nossa, Portugal.

Credibilidade sustentada em mentiras, o que já nem admira sabendo o que sabemos de quem nos governa lá do alto, do poleirinho que o pelourinho caiu em desuso, ai a falta que nos fazia agora! 

O que ecoa lá fora é o mesmo que o governo nos diz cá dentro, a lição está bem estudada e ainda melhor recitada: que a economia está fulgurante-ante-ante, a dívida quase paga-aga-aga, o défice controladíssimo-íssimo-íssimo, o desemprego a descer-cer-cer e, por este andar, os impostos a baixarem-arem-arem. 

Apontam os gregos como os maus alunos, burros e cábulas, e os portugueses como os melhores pupilos, obedientes e engraxadores. Pois eu tenho uma confissão a fazer: sempre fui mau estudante, prefiro os irreverentes aos certinhos, os folgazões aos marrões. Os que têm voz aos que se limitam a ser a voz do dono, repetindo-lhe a prosápia de tiranete.

Comentários

O que é triste é que hoje parece que nascem debaixo das pedras, qual clonados, aqueles que repetem a voz do dono!... E não entendo tanto ódio exacerbado contra os gregos, enquanto povo. Já nem é sequer enquanto nação ou governo que luta contra a sua asfixia, como seria tão naturalíssimo...

Esta gente está prestes a inventar um novo tipo de racismo: o anti-helénico. Ou anti-democrático... Às tantas, é mais o último... Corja maldita, que se viu tão desafiada com a vitória do "Oxi" no referendo grego. Não contavam nada que a coragem fizesse o medo que eles tanto instigaram capitulasse.

Abraço!
Giuseppe
Anónimo disse…
Seria o rapazola amorim do insurgente?

Mensagens populares deste blogue

valha-nos santo eucarário!