lucros obscenos
A Brisa bem poderia, ai pois poderia e deveria, baixar os preços das portagens numa altura em que os portugueses estão a ser literalmente asfixiados, qualquer dia degolados, com aumentos de preços e de impostos para pagar a DÍVIDA aos MERCADOS (os palavrões em maiúscula, respeitem-se deus e os seus apóstolos). Aqui fica a ideia. Não cobro nada por ela.
Lucro da Brisa sobe 420% para 778,5 milhões de euros em 2010
O resultado líquido da Brisa atingiu os 778,5 milhões de euros no ano passado, mais que quintuplicando o lucro de 149,8 milhões de euros obtido em 2009, devido à venda da participação que detinha na brasileira CCR.
"O forte crescimento dos resultados teve por base a alienação da participação na CCR, o que representou um encaixe financeiro bruto de 1.318,2 milhões de euros. Sem esta operação extraordinária, bem como provisões extraordinárias relativas a outros ativos, o resultado líquido registaria um valor similar ao de 2009", salientou em comunicado o presidente da Brisa, Vasco de Mello.
A Brisa - Autoestradas de Portugal apresentou hoje as suas contas de 2010 num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), tendo dado conta de uma evolução lateral ao nível das receitas operacionais, que se mantiveram estáveis em torno dos 674 milhões de euros.
Nota para o recuo de 3 por cento ao nível das receitas de portagem (573,5 milhões de euros) e para a ligeira subida de 2 por cento no que toca aos custos operacionais (quase 200 milhões de euros).
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) baixou 2 por cento para 473,8 milhões de euros, com a Margem EBITDA a fixar-se nos 70,3 por cento.
"O impacto da transferência de tráfego das ex-SCUTS para a rede Brisa, tem vindo a superar a quebra de tráfego inerente à difícil situação económica do país. Se não assistirmos a alterações profundas das variáveis macroeconómicas, o tráfego total da rede Brisa deverá manter a tendência de crescimento nos próximos trimestres", assinalou o presidente.
A administração da Brisa vai apresentar à assembleia-geral de acionistas, a 15 de abril, a proposta de pagamento de um dividendo de 31 cêntimos por ação, correspondente a uma 'dividend yield' próxima dos 6 por cento.
"Este valor está em linha com a política de remuneração acionista anteriormente comunicada ao mercado, em 21 de novembro de 2010", informou a empresa.
Destaque para a forte redução (34 por cento) da dívida líquida da Brisa no último exercício, que baixou mais de 1,1 mil milhões de euros para 2,2 mil milhões de euros.
Vasco de Mello frisou que "num ano particularmente difícil, os resultados de 2010 ficam marcados por um significativo reforço da solidez financeira, em que a dívida líquida diminuiu mais de mil milhões de euros".
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