marioneta de um deus menor
O mundo está a mudar. Para pior. As condições de vida do cidadão comum vão-se deteriorando. Os salários vão baixando até limites insultuosos. O desemprego vai aumentando até números nunca antes atingidos. As poucas (sim, poucas!) regalias sociais que usufruíamos vão-nos sendo sonegadas. Dizem-nos, martelam-nos constantemente com a teoria de que, até agora, vivemos na abundância, gastamos demais, não mais somos do que um povoléu perdulário, esbanjador (e esta "acusação" ainda mais ridícula se torna quando dirigida a nós, um dos povos menos abastados da Europa). O mundo está a mudar. Agora, é a economia quem mais ordena, não os políticos e muito menos os povos. São os mercados, essa sacrossanta instituição que não se percebeu ainda muito bem quem é ou o que são, que nos vai dizer qualquer dia, já faltou mais, o que vamos ler, ver, acreditar. Os mercados e, no nosso caso, a Comunidade Europeia, sua obediente serva, sua agência para o Velho Continente, sob a batuta e a batota do líder dos pau-mandados, o mordomo dos Açores, o cavalheiro das tristes figuras, marioneta de um deus menor, o deus Capital. Mas o pior ainda está para vir. Esta notícia do Expresso é apenas mais um indício, só mais um, de que o mundo está a mudar e que nos querem mudar com ele: os nossos hábitos, as nossas condições económicas, as nossas crenças e a nossa liberdade. Cabe-nos a nós fazer com que não o consigam. Nada é irreversível. Ainda não.
Exército norte-americano quer controlar redes sociais A notícia surge numa altura em que as revoluções nascem nas redes sociais e países como a China procuram controlar a Internet. Os militares norte-americanos estão a desenvolver um programa informático que permite gerir secretamente falsas identidades em redes sociais com o objetivo de influenciar eventuais campanhas de contra-informação através da Internet e difundir propaganda norte-americana. Segundo o "The Guardian ", a Ntrepid, uma empresa de Los Angeles, Califórnia, terá celebrado um contrato com as forças armadas norte- -americanas (Centcom - US Central Comand ) para desenvolver um "serviço de gestão de personalidades online", tal como constará no acordo. Esta aplicação permitirá a um militar controlar, em simultâneo, dez identidades diferentes, a partir do seu computador "sem correr o risco de ser descoberto por adversários sofisticados". Peritos em tecnologia contactados pelo jornal britânico, relacionam esta iniciativa com as sistemáticas tentativas controlo da Web por parte das autoridades chinesas. Quando for terminado, este programa permitirá aos militares norte- -americanos monitorizar em permanência os temas mais debatidos na Internet e entrar na conversa de uma forma coordenada através de artigos e comentários em blogues, tweetts e retweets (mensagens até 140 carateres enviadas através do sistema de microblogging, Twitter), ou em salas de conversação em tempo real (chat). O centro de controlo desta aplicação deverá ficar instalado na Base Aérea de MacDill, Florida, onde também está instalado o comando das Operações Especiais. Contactado pelo "The Guardian" o porta-voz do Centcom, Bill Speaks, limita-se a dizer que "esta tecnologia suporta a possibilidade de blogar secretamente em sites escritos em línguas estrangeiras (Árabe, Persa, Urdu e Pachto) para combater o extremismo e os inimigos dos EUA no estrangeiro". A Ntrepid recusou fazer qualquer comentário. |
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