fantochadas
Para um estrangeiro que assista a um debate da Assembleia da República, e só ouvir os deputados da maioria, há-de achar que acaba de aterrar no paraíso. Ele, o governo, eles, os governantes, trabalham em prol dos portugueses, conseguiram credibilizar o País, aumentar as exportações, melhorar a economia, garantir o futuro de todos nós, bla bla bla bla bla bla bla bla bla, junte muitos bla blas, os bla blas que quiser, a granel, em barda, por mais bla blas que acrescente eles nunca serão demais.
Mas ... e depois? Que dirão os mesmíssimos figurões quando Passos cair e surgir outro que, mais por calculismo do que por convicção, venha diabolizar a austeridade e as tropelias de Coelho? Dirão o oposto do que dizem hoje? Que, tal como os generais nazis, apenas actuaram no cumprimento do dever? Por lealdade ao chefe? Por disciplina de voto? Por demência colectiva? Por alucinação passageira?
Ou assumirão, com a sinceridade que lhes tem faltado, que não passam nem nunca passarão de meros fantoches de um ardiloso teatro de marionetas?
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