é por aí


Já cheguei a pensar, com o apogeu do neoliberalismo, que a luta entre direita e esquerda não fazia sentido, que o combate a travar era antes pela moralização da política, ao serviço do povo.

Estava enganado. Direita e má governação, salvo raras excepções, estão ligadas por cordão umbilical, são unha com carne, são as duas faces da mesma moeda, são o desprezo pelos humildes com disfarces de caridade, são a exploração de quem trabalha, as mentiras, a propaganda, os meios de comunicação social deformadores de opinião, é a corrupção, o carreirismo, a cunha. Tudo isto lhes está na massa do sangue. Com dinheiro e sem escrúpulos, tem-lhes sido fácil manipular as populações, fazer com que lhes dêem o voto em simulacros de democracia onde, focinhando na lama, engordam cada vez mais.

A luta de classes é tão necessária como nos tempos da Revolução Francesa. Depois dos avanços civilizacionais dos últimos séculos, conseguidos a duras penas, regredimos a olhos vistos. Nunca como agora o sistema financeiro dominou tanto a política e os políticos. Nunca como agora houve tantos milionários que, só eles, abocanham a grande parte da riqueza mundial.

Se a solução é o comunismo, o socialismo, o igualitarismo, o humanismo ou qualquer ideologia que ainda esteja por inventar, não sei. Nenhum regime é perfeito, nem será perfeito porque comandado por homens. Mas sei que é à esquerda que tem de ser. É por aí que eu vou.

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