chamem-me básico que até gosto

Amanhã, vou para a rua. Tenho as minhas razões. Quase 10 milhões delas. Há uns que ficam de fora, que apoiam Merkel, que gostam de Merkel, que idolatram Merkel, que servem Merkel, que se servem de Merkel. Há quem ache repugnante (ouvi essa a um comentador de televisão) que se compare Merkel a Hitler. Há quem não goste (ouvi esta a Francisco Assis, entre muitos outros) que se diabolize Merkel. Pois eu cá continuo na minha, chamem-me populista ou primário, radical de esquerda (como está agora na moda dizer-se como se fosse um insulto) ou extremista: para mim, Merkel é a mais digna representante do neoliberalfascismo que nos empobrece, atormenta e nos há-de conduzir ao desastre europeu. Um novo desastre. Outro que a Alemanha inspira e instiga. Chamem-me básico que até gosto.

Imagem de Gui Castro Felga
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