dos barões da alta roda


Diz-me a Wikipédia que o fundador do clã Espírito Santo foi abandonado na roda, recolhido por freiras que o criaram, lhe deram o apelido e, pelos vistos, os atributos necessários para vencer na vida e fazer fortuna no mundo da finança, império que, teimosamente, contra ventos e marés, revoluções e bancarrotas, persiste até hoje. Ao longo de décadas, para aprimorar a raça, os Espírito Santo foram-se cruzando com outras castas de origem demarcada, os Ricciardi, os Abecassis, os Cohen, os Moniz Galvão, os Orey, os Bustorff, os Mello, os Brito e Cunha, os Barão da Veiga, os Castelo-Branco, os Borges Coutinho, os Mayer, os Pereira Coutinho, os Simões de Almeida, os Drummond, os Whele, os Ekman, os Pinto Basto, os Mello Breyner, tantos e tão sonoros nomes estrangeirados para dourar um apelido doado pelas irmãzinhas em hora de caridade. Um ou uma Espírito Santo não se casa com um Almeida, com um Sousa, com um Carvalho, com um Ferreira. Casa-se com um conjunto de apelidos de estridente ressonância, com dinheiros e influências, com sangues pretensamente azuis.

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