sedentos de sangue
Coelho, Borges, Relvas, Ferraz, Gaspar, lobos esfaimados ao assalto da última carniça: os filhos dos pobres. Nada escapará aos seus dentes aguçados. Nem ensino, nem saúde, nem pensões, nem subsídios de desemprego. Nada. Só a unidade de todos, seja qual for a sensibilidade política, pode fazer com que os predadores sejam rechaçados. Com cartas, por mais bem intencionadas que sejam, não vamos lá. Precisamos de um 15 de Setembro ainda maior e mais abrangente. Precisamos de ver Soares, Medeiros Ferreira, Inês de Medeiros, Frei Bento Domingues, Siza Vieira, António Arnaut, Clara Ferreira Alves, Pilar del Rio e tantos outros encabeçando a caça à besta. Nas ruas. A raiva e as garras dos animais que nos dominam e fazem de Portugal uma selva exigem isso e muito mais. É um dever humanista. Uma exigência patriótica. Por muito menos (repito: por muito menos) arrebanhou Soares milhares de pessoas para a Fonte Luminosa. Muitas delas, agora, estarão impantes de alegria com o rumo dos acontecimentos.
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